Mansão Orsi

*o "jovem-velho" cainita desperta. A suntuosidade do ambiente era algo já esperado, não demandando tanto de sua atenção. Ele se levanta, fazendo uso de sua higiene meticulosa, quase que de maneira ritualistica. Ao concluir, ele toma o cuidado de vasculhar no armário algo de seu agrado, consumindo um tempo considerável diante da própria imagem até que estivesse a contento. Satisfeito, ele oculta as duas armas de fogo dentro das vestes e toma seu apoio para atravessar os corredores que compunham aquele complexo Domínio, ao encontro de seu anfitrião. Algo no ar dizia que está também não seria uma noite tranquila.*

Ele vence o espaço do ambiente com um esforço inerente à idade mortal e com olhos curiosos com o que pudesse estar a espreita. As más-novas da véspera lhe arrepiavam os pelos da nuca.

TAP.

TAP.

TAP.

Ressoava a mateira de encontro ao piso, enquanto prosseguia, lendo as mensagens de seus serviçais. Seu cenho franze, denunciando, juntamente com seu fenômeno respiratório, o desagrado com aquele conteúdo. A resposta era apenas uma frase (via MP).

Deveria expor-se novamente... E isto, mais do que qualquer coisa, consumia-o. Apenas a expectativa de boas-novas era sua motivação - tomara que o Conde o satisfaça, rezava em pensamentos, as divindades que,sabidamente, o rejeitavam.

*Logo Hans chega ate onde estava Orsi, todo lugar tinha um ar funesto e medieval, armas como lanças, machados e espadas decoravam o lugar, varios e varios brasões, e Logo um, em um escudo heráldico, belo que detinha o tema Ventrue antigo, um brasão que trazia a forma de um Javali e com um pouco de conhecimento, Hans logo identifica que aquele era um Brasão de uma familia nobre de condado, o que condizia com o que Orsi se intitulava, as letras em ouro trazia seu nome Orsi, alem de duas bastardas adornando... O lugar onde Orsi estava era pouco amplo e medieval, o cheiro de madeira velha era forte:



*O Conde não estava só, ele tinha em sua companhia um Gigante loiro, cujo o porte ofendia o Lorde Ventrue, era claramente um Nordico, vestido de pele e trazendo uma machadinha de mão na cintura, nada ali lembrava a modernidade da atual era... Orsi sorri quando olha para Hans:*



_Finalmente se junta a nós senhor Hoffmann, venha deixe-me lhe apresentar outro membro de nossa Familia, de estirpe limpa e orgulhosa de conquistadores nortenhos, este Escandinavo é Jan Kman...


*Orsi aponta para o Viking sorrindo, mas logo Hans se lembra que o nome do gigante é sussurrado com temor nos salões de Vysehrad, pois se trata do braço direito de Lady Caterina aquela que se denomina Arcebispo do Sabá em Praga... Hans não fazia ideia de que se tratava de um Ventrue.

Este ergue uma taça de bronze e com um sorriso sadico para Hans, o cheiro da mesma era doce e alcoolico*

* A porta se fecha lentamente, com o ranger de suas dobradiças. À passos lentos, o velho se unia aos outros dois, com sua atenção que logo se volta para os entalhes que compunham o "outro": Jan Kman. Como as palavras de seu anfitrião logo sana.*

- Die rechte Hand - (trad: A mão direita) diz enquanto fazia um movimento sutil, afirmativo, levando seus olhos à arma em sua cintura ou aquela que ele gostaria de expor, inicialmente - anacronismo.

- Sein Name ist mir was bedeutet, Wikinger... (trad: Seu nome me tem significado, Wikinger )

* Os lábios do velho se abrem em um sorriso discreto, enquanto seus olhos e atenção se voltavam a história retratada no ambiente. Enquanto  se movia com esforço, suas mãos enrrugadas e calejadas vageam por sobre a tapeçaria e armamento ali exposto, ignorando aquele cheiro de Vitae inapropriada ao seu paladar. E, sem abandonar o que fazia, rompe suas próprias reflexões.*

- Deve me desculpar por não os te-los, tal como nosso estimado anfitrião... Talvez possa corrigir isto, "Bruder" (trad: Irmão)... - sua voz soa corriqueira enquanto ainda absorvia os entalhes que continham o brasão - duas espadas cruzadas.

* Enfim, voltando em direção a mesa, o velho se une a eles.*

- Então... - ele pigarreia, limpando secreções expessas de sua garganta, como se ainda estivesse afligido pela pneumonia.

- A que feitos posso lhe conferir, kriegerisch Bruner? (trad: belicoso irmão) - ele detém, aguardando sua resposta, antes de tomar seu lugar, também ao lado do Conde.

* Seu semblante era convidativo e acolhedor, como se nem memso tivesse notado a perversão explícita da personalidade daquele membro do Sabá.*

*Jan se surpreende um pouco com aquela pergunta mas logo se aninha novamente em sua cadeira...*

_Não muitas, algumas canções foram cantadas sobre minhas desajeitadas façanhas no começo do fatídico seculo 17 em Nova York... Eu ja era um membro a algum tempo, e lá me tornei um dos primeiros Bispos... Sobre o Comando de Ecaterina, bom mas essa é so uma historia, para contar com a barriga cheia de vitae com hidromel para neofitos anti-tribos... Como eu disse, nada demais, não gosto mesmo de falar muito de mim...

*O Paladino abre um largo sorriso e olha para Orsi.*

_Conde Orsi, agradeço sua hospitalidade, muito bem executada, porem ainda não disse por que estamos aqui... Tenho um cerco para ajudar a administrar e uma cidade para entregar a Lady Ecaterina!

*Orsi que havia escutado a ambos sorri quando Jan lhe dirige a palavra:*

_Para nos conhecer meus irmãos, sei que todos aqui temos divergências filosóficas, e sei que divergências assim em nossa especie geralmente acaba em alguns membros arrancados, e quase sempre em muitas cinzas... Mas não quero ver a casa do cetro se destruindo aqui, preciso conhecer a ambos, precisamos evitar um confronto... Quem é melhor? O Lasombra Megalomaníaco ou a pequena Brujah sociopata?

*O lorde olha diretamente para Hans, que poderia ter entendido a pergunta como apenas uma retoria, mas na verdade ele realmente esperava uma resposta de ambos.*

"É ele..." - sabia então que se tratava do responsável pelo estopim.

O velho se apoia sobre o encosto da cadeira enquanto ouvia atentamente o bárbaro discorrer sobre o que ele 'não gostava de falar'. Era um guerreiro e Ecaterina lhe proporcionava uma “boa luta e morte” sob seu auspício.

“Talvez fosse a sua fraqueza por ser Abraçado em tão tenra idade” – refletia o neófito, supervalorizando suas análises.

- Muito me intriga destruir um Brujah à serviço de outro! - e,como ar de descaso, volta-se para a mesa que eles compartilhavam.

- Não desvalorize a Benção do Sangue...  - Hans enfatizava sua última palavra.

- Por acaso, que fruto vem da liberdade gravada a guilhões de Sangue? ? - ele falava, lembrando daquele jovem, enquanto ainda era Tenente.

*Duas figuras tão diferentes - um adolescente e um Vampiro. E tão iguais.*

- Sabá... Camarilla... Nomes diferentes... Os ritos e bandeiras... No entanto, a mesma função: Empoderar e proteger aqueles incapazes de se adptar... - ele parecia mais pragmatico do que o normal, quase como se divagasse além daquela sala.


* Ele segue,dando a volta pela mesa, a passos lentos e forçosos, enquanto continua.*

- Não haverá paz enquanto não aprenderem e temer... OU... Descobrirem a necessidade de se unir contra um " Mal Maior". - ele, finalmente se volta ao Conde.

- Todavia, aqueles que mais exaustados devem cair... Sob risco do Conflito retornar mais cedo do que esperamos... O topo deve ser podado para que os ramos novos florescam, Conde. Caso queira mudar o que acontece agora. - pela primeira vez ele o olha nos olhos.

- Acredita que podemos evitar a tempestade debcinzas, Kman? Ou terei de cortar a Mão Direita daquela Brujah desfigurada? - ele pergunta ao Viking.

Ventrues:

*Orsi percebe o perigo, mas se adianta evitando assim uma ação do Viking:*

_Posso lhe garantir que em minha casa, nenhum Ventrue irá se ferir, mas la fora é outra coisa Hans, meça suas palavras se almeja seculos de existencia como nós dois aqui nessa sala...


*Orsi se levanta.*

_Não temos recursos para acabar esta guerra... Temos o cerebro e não os numeros... Eu perguntei e fui bem direto em meu questionamento, quem deve vencer?


*Orsi olha para Jan que se sente incomodado com o olhar do Grande ancião do Cetro.*

Ventrues:

*Jan por fim resolve esquecer as palavras de Hoffmman, e então se impõe:*

_Como reza as leis antigas senhor Orsi, eu sou leal à Ecaterina, jurei protege-la e apoia-la, logo eu ficarei ao lado da grande Dama, e se o pequeno Ventrue estiver no campo de batalha caso não decidamos nada aqui, prometo que ele terá a honra de morrer pela lamina Ventrue e não profanado por um Ímpio de outro Clã!

- Perdoe-me as palavras, Kman... Não me satisfaz, vê-lo colocado do outro lado por aquela mulher! - ele titubeia, um tanto desconcertado, como se buscasse as palavras exatas naquele instante. Para depois s simplesmente romperem, evitando a contenção da razão.

- Contudo, não o tenho por adversário... Apesar dela ter lhe dito o contrário... Espero que nosso próximo encontro seja em situações menos... Belicosas... Temo que seria um tremendo desperdício de  excelêntes oportunidades de aprendizado... -

*Ele balança a cabeça, com o olhar baixo, enquanto ouvia Kman plocamar o que já sabia - sua lealdade a Ecaterina. Todavia algo chama a atenção nas palavras do Viking.*

"Talvez não esteja de todo perdido..." - pensa consigo.

- Excelentíssimo Conde. Não há melhor entre ambos...Contudo, agora fez a pergunta-chave... Quem deve vencer... - ele delicia com o próprio sabor que aquelas palavras tinham em sua boca, talvez pela sensação de poder novamente debruçar sobre "vidas e números" - algo que parecia não retomar as suas mãos nas noites eternas - ilusões e anseios à um pequeno neófito.

- Apesar de acreditar que minha singela opnião seja um grão dentro desta balança... Gosto do ... "Gleichgewicht"! Como os americanos gostam de chamar: BALANCE! - e gesticula com as mãos enrrugadas pelos anos.

- Talvez... - ele detém seu argumento por algum tempo.


- Meu caro Irmão... Creio que mereça vencer esta batalha... Você mereçe. - Hans aponta para Kman à frente.

- E, tal como minhas palavras o inflamou, os teus atos irão reverberar... Eles já o fizeram... - ele rombe o foco da figura de Kman, sem deixar de atentar ao centro da própria mesa.

- E neste momento... Os rebeldes podem se lembrar do por que devem temer a Guerra... - ele conclui seu raciocínio, olhando nos olhos do Conde, algo que à décadas não realizava com outro cainita.

- Perdoe-me ser prolixo...Talvez este seja o defeito de um velho sendo Abraçado... Excentricidades de meu Senhor... Ou reflexos demais de "olhos humanos" sobre a fugaridade... - ele suspira.

- Afinal, a vida não é simple e muito menos a extinção dela.

*Neste instante, Hans se recorda de uma passagem. Algo que poderia ter sido obliterado nos anos que se perderam em sua existência prolongada - A morte do rei em - Rei Lear. Ainda estava custoso em aceitar sua própria insignificância naquele momento, pois acreditava demais na sua "importância" ou a que achava ter - o mesmo erro do Príncipe La Sombra.

Jan agora se recordava com violencia o porque havia se distanciado dos meandros e da companhia do Cla Ventrue. Aquele discurso de Hans era o que mais parecido podia se ouvir de um sibilar de uma vibora. Seria ele um setita disfarçado .... Era algo a se testar. Mas nada era o que ele estava falando e a cada frase Jan sentia-se envolto em teias grudentas e sedosas.

- Eu teria outra pergunta a fazer ao Conde, camarada Hans. Mas confesso que receio nem ele saber a resposta. Talvez voce seja mais "capacitado" em comunicações burlescas do que eu que sou um guerreiro que ao contrario de voces carrego a real natureza da familia. A guerra.

Jan ajeita o corpanzil na cadeira e encara Orsi enquanto fala com Hans.

- O que o Conde realmente quer? A cidade para o cla Ventrue ou a cidade em guerra para que uma cortina de fumaça seja erguida afim dele e seus intuitos escusos passarem despercebidos?

O riso na face do Ventrue era de gelar o sangue nas veias, havia ali a furia contida de uma avalanche mas tambem a quietude de um tumulo de gelo.

*Uma risada rompe o semblante divagante do Ventrue. Enquanto sua atenção é captada pelo questionamento de Kman.*

"Ele ousou proferir isto? Talvez isto fique mais interessante do que esperava..." - não sabia até que ponto era louvável aquela pergunta.

- Deposita sobre mim, grandes expectativas, Kman... Jamais ousaria eu, dizer conhecer as profundezas mais recôndidas da alma de nosso anfitrião... Posso afirmar que, sequer sou capaz de desvendar meus próprios demônios! - e diverte-se com a afronta, agora direcionada ao anfitrião, apesar da pergunta ter sido feita ao neófito.

*E, tamborilando os dedos da mão dextra sobre a madeira da mesa; de modo ritmo e musical, Hans continua a proferir seu discurso.*

- Posso apesar inferir que... Talvez... Somos objetos de curiosidade...  Não... Não... Deixo a vós, meu senhor... - diz apontando ao "antigo anfitrião" para que lhe servisse e, caso desejasse, sanar o questionamento de Kman.

*Deste modo, permite-se repousar sobre o encosto da cadeira, enquanto observava aquilo que não era dito entre os dois. Era fato que todo aquele teatro iria avaliar a utilidade de ambos, para os desejos do Conde e, ser descartado talvez significasse desaparecer - algo ao qual Hans e, muitos imortais se apegavam com veemência.*

*Orsi sorri friamente olhando para o Viking, mas se digna a ficar em silencio, ate que Hans fale se esquivando:*

_Realmente, são deveras curiosos ambos, o que me alegra, ja que de Ventrues enfadonhos e pedantes a nova geração esta cheia... Porem Senhor von Hoffmman, ainda não tenho teu voto, Kman disse que não sairá do lado de sua criança Brujah, então qual sua escolha? O Lasombra ou a Brujah, quem reinará?