Ruas da Cidade

#reservado#

O táxi seguia a linha do bonde ainda não tão longe quando mais lembrou que viu.
"Camp Zizkov" disse para o motorista, que tomou a esquerda sem sequer se espantar.
"Almas perdidas sempre são as melhores de achar." Padre, dezoito, sádico, pedófilo, misógino e elitista.
O carro parou frente à entrada fechada do campo para acmapamentos e trailers. O albergue estava ainda mais decadente do que se lembrava.
Pagou os euros pedidos enquanto observava pelo canto dos olhos o brilho de cigarro não distante da entrada. Quase certo que traficantes. Poderia passar por um consumidor facilmente, e não era falso que era o vício que o levava lá. Assim como vários outros.

*Não poderia estar melhor, o lugar estava bem vazio, o ar estava gelido, anunciando a chegada do Outono e este ano promete ser bem gelado, uma fogueira mais distante mostrava isso, varias pessoas se ajeitavam em seus casacos meia-estação, e separado dos outros aqueles que faziam fortuna ilícita contavam suas notas sem preocupações. Praga não deixa de ser uma cidade calma pela presença deles, não existe ali um grande foco de violência, e por isso, geralmente os Traficantes locais eram um tanto menos perigosos que nos lugares mais violentos do mundo.*

Se aproximou do grupo deixando que o vissem, mas vendo. Cada pequeno detalhe crucial dali para a frente. Quantos eram, havia algum roma, quem em guarda, escondido, para quem olhavam em busca de decisão. O povo, servidor e protegido, sempre em busca da decisão de seu rei, em busca de seu papel na viagem.
"Amor de seu povo é o que mais pesa o fardo do rei." Rei Sobre a Estrada, quinze, único e verdadeiro amor.
Se aproximou do portador do fardo, pelo lado oposto ao fogo. O veriam melhor, mas não ficaria de costas para as chamas.
"Boa noite." diz com segurança ao lidar "Me chame de Jan, como lhe chamo?."


OOC
Percepção + Manha para identificar o líder e quaisquer ameaças
Manipulação + Lábia para parecer seguro de si e despreocupado

A onda de pânico cavalgou a espinha. baixo para cima, como todo pânico que nasce nas entranhas antes de conseguir chegar ao cérebro. O Cérebro entretanto, frio e duro, barricada e represa não deixava que o pânico descesse de novo com o tremores. A velha arte dos ladrões de manter o controle.
"Não esperava que se lembrassem de mim." responde com cuidado. "Kezia continha aqui ou ainda contam histórias sobre mim?"
O que mais poderia ser? Se Kezia ainda fosse a lider... Ela nunca tinha realmente gostado de dele, apenas negócios e negócios que precisavam ser vantajosos para ela. E precisaria explicar sete anos de ausência, além claro, de não ter envelhecido um dia desde então. Fossem histórias, o que ela teria contado? Pisar em ovos é uma boa expressão para o que precisaria fazer.
Sem chance saberem seu sobrenome antes de o dizer se não através de Kezia. Sem chance.

*O homem olha agora com curiosidade para Jan, este homenzinho ali conhecia Kesia, ela era tipo o ideal para Bedrich, chegou a pensar que tinha algum tipo de atração pela antiga chefe daquela região, uma mulher forte e corajosa... Mas que havia caído, ela havia deixado o posto antes da hora e agora serve de prostituta aos carcereiros, pelo que ele havia houvido falar... E com a mente afiada ele trabalha rápido decidindo o que dizer.*

_Kesia esta presa... E não me lembro de ouvir falar de você, mas corta essa, não fica timido carinha, me conte o que sabe de Kesia, você então não é tão novo aqui assim?

O pânico perfurou aprimeira barreira para dentro da mente. Ohlou bem para o margnal, talvez bem demais. Não parecia ciente do que estava errado. Tinha certeza de não ter dito o sobrenome, apenas "Jan", ele por outro lado respondeu "Kosik". Sem Kesia a única explicação seria estar diatne de um oráculo. Um de verdade, com todos os benefícios e problemas que traz.
"Oportunidade é oportunidade de alguém te enrabar." Prostituta, doze, quase mãe adotiva, morte em seu passado.
"Sou um pouco mais velho do que pareço." respondeu sem levantar de nov a questão do nome "Fiz negócios com Kesia, apenas isso." Badrich parecia mais descontraído, qual ponto de contato? "Não gosto de mulheres mandando." deu de ombros avaliando a reação dele "Está no sangue."
"Ela me fornecia o que eu precisava e eu pagava bem." Se não o sangue e o machismo, com certeza o dinheiro puxaria os fios certos "Você assumiu o lugar dela?"
Claro que poderia dar tudo errado. Poderia haver uma mulher sobre ele, no lugar de Kesia, e só poderia esperar que a promessa de dinheiro apaziguasse os ânimos, mas mulheres mandando entre romani são raras. Muito raras.

Jan Kosik

Os olhos de Badrich definitivamente incomodavam. Algo neles lembrava uma toca que a entrada é iluminada pelo Sol mas a luz não passa de alguns centímetros, nele nada parecia ser o que realmente era ao mesmo tempo que tudo era comum e igual a todos que estavam por ali.

- A pergunta é ... o que você quer ... todo o resto é irrelevante garoto ... você precisa eu dou o preço para o fornecimento e você aceita ou não .... simples assim.

"Preciso de serviços, preciso de alguém, disposto a fazer muita coisa para mim, desesperado o bastante para fazer qualquer coisa, para aceitar qualquer coisa." Lidar com limites pouco claros é uma constante em negociações. Tentar expressar algo que não deve ser dito muito claramente.
"Não preciso de habilidades especiais, mas alguma beleza é, naturalmente apreciada." Traçar linhas sem exatamente dizer. Explicar que não se trata de capangas, mas de luxúria. Ou sede.
"O que separa meus negócios dos delinquentes não é um limite ético, mas apenas a oportunidde. Nem ética, nem luxúria nem beleza. A fome convence qualquer um se houver oportunidade." Cafetina, dezenove, cínica, adorável, conheceu a máscara, me fez perder muito dinheiro.
"E prefiro" certa firmeza na voz, não força, apenas ênfase para evitar questionamentos "também que seja homem, apesar de serrem um pouco mais difíceis de achar." Definir o gosto, mesmo que para um romani isto seja pior que ser comandado por uma mulher. O maior problema com a comunidade ao longo dos séculos, a maior causa de brigas. Prestar atenção a como ele reagiu. Avaliar se poderia confiar em negócios ou os preconceitos falariam mais alto.
"Amanhã volto para ver o que conseguiu." Quase cortês, quase profissional. Negócios apenas. Aguardar uma despedida e voltar para casa, para a segurança antes que o sol se aventurasse no horizonte.

Kosik:

_Então o garoto quer diversão? Mulheres e... Homens?! Bom eu sou um homem de negocios, e não tenho o costume de fazer perguntas indiscretas, mas doze??

*O homem avalia mais uma ver o jovem.*

_Isso vai ser caro... Dificil de achar assim, assim que noitecer me procure, eu ja terei a "Mercadoria" e tambem um preço.

*Badrich ja estava ansioso para trabalhar na preparação do bacanal de Jan... Mas para isso o rapaz tinha que "Vazar".*

Já apressado, quase de saída, Jan precisa corrigir o interlocutor
"Doze é um exagero, quem falou em doze?" pausa "Mas já que tem tanto, dois."
Com um aceno tomou a rua para casa. poucos minutos a pé. "Por que doze?" se perguntava.
A ignorância se transformava em raiva a medida que repassava suas palavras sem encontrar nada, até que lembrou de Ana, tinha se lembrado de Ana, a prostituta que o "adotou" quando foi "roubado" no século doze. Hábito para manter a sanidade, sempre lembrava da época junto com a pessoa. Tinha porém certeza de não ter dito em voz alta. As lembranças que afloravam nunca alcançavam os lábios. Era a única explicação, mas isto implicaria que Bedrich tinha mais que um dom forte, era um oráculo como talvez não visse outro antes do fim dos tempos. Atingiu a porta já sonolento, mas com ânimo, fazendo planos para como poderia tirar proveito deste jovem.

Jan:


*Bebrich sorria quando Jan se aproxima...*


_Venha rapaz, vamos falar de negócios...

Mihas caminha até a catedral mais uma vez. Diante do ódio que toma conta de seu sangue, após os devidos preparativos e rituais, o demônio escolhe que caminhar pode lhe ajudar a resolver as questões em sua mente.

Quem estaria brincando com a fúria de um demônio? E por quê?

Enquanto seu sangue fervia, o demônio pensava em qual e como deveria ser sua vingança pela petulância do inseto que resolveu violar o seu sacro refúgio.

Mihas:

*Instintivamente, as pessoas na rua evitam o pequeno homem de feições estranhas, mesmo sem perceber... assim sem ser molestado ou mesmo impedido de andar o Koldunista ganha a região da bela Catedral.*

(pode poostar sua chegada.*